Depois disso dancei mais coisas como Cotidianos Sonhos, Delírio e Martírios Circense pela Abamba.
Em 2005, fui contratado pela academia Iris Ativa para dançar o Ballet "O Quebra Nozes" e foi uma experiência fantástica, foi a primeira contratação. Em 2006 dancei o ballet "A filha de Faraó, e em 2007 dancei o ballet Paquita.
Em 2007 começaram as dificuldades maiores, comecei a sofrer preconceitos por pessoas de fora, ricas e até por pessoas da minha própria família, e eles diziam coisas do tipo "homem não dança", "dança é coisa de mulher e de gente rica", "pessoas pobres não podem dançar porque ia contaminar os ricos com vírus e doenças", eles diziam que ser pobre é uma doença e por isso contaminaria os ricos...
Minha avó, sempre guerreira, percebeu que a dança era tudo que eu queria, e me mandava escondido pro ballet, e um outro parente meu me colocou em uma escolinha de futebol e por isso teve dias que eu ia pro futebol e faltava na Abamba, na qual não poderia haver faltas sem justificativas, então eu mentia dizendo que estava doente, que o ônibus quebrava ou que ficava de castigo na escola por causa dos outros.
Pra ir pra Abamba eu pegava 3 ônibus todos os dias da minha casa até o centro de Campinas, do centro até o terminal de Barão e do terminal até o bairro onde se encontrava a Abamba, que se localizava no bairro Real Parque.
Por não aguentar fazer tudo isso, saí da Abamba e parei de jogar futebol porque não era o que eu queria. Lembra quando disse que no começo todos me apoiavam?...
Como todo homem tive que parar de dançar pra trabalhar, foi aí que comecei a trabalhar em mercado e não demorava muito já saia do emprego. Entrei em outro serviço, fui ser ajudante de mecânico e novamente saí e trabalhei em vários outros lugares.
No começo de 2008 fui trabalhar em uma empresa de mármore, na função de modelador fiquei de Janeiro a Julho. No final Julho um clube me chamou para jogar futebol ai sai da marmoraria e fui jogar futebol, em Dezembro, dia 17, tive a pior notícia da minha vida, minha Avó faleceu. Foi o fim pra mim, minha vida parou o mundo desabou em cima de mim e larguei tudo!
Mas ai eu conheci um anjo que se chama Walkiria Coelho no qual é dona e diretora de um projeto que se chama Prodança, e ela me acolheu de tal forma, com se eu fosse filho dela.
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