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terça-feira, 30 de junho de 2015

Uma experiencia inexplicável || Boldrini

Meu ano de 2015 já começou muito perfeito. Esse ano eu fiz a melhor apresentação da minha vida, dancei em um lugar maravilhoso!
Me faltam palavras para explicar a sensação que eu senti nesse lugar, o carinho que senti o amor sincero no olhar daquelas crianças. Sempre que puder ajudarei. Estou falando da dedicação dos profissionais do Centro Boldrini. Não precisa ter muito dinheiro pra ajudar, só sua atenção seu amor e carinho, seu tempo de passar lá e fazer aquelas crianças sorrirem não tem preço e nem dinheiro que pague.

www.boldrini.org.br

Quando vamos à um lugar como esse levar a alegria, mostrar nossa arte, interagir com essas crianças, no final das contas vemos que quem sai de lá extremamente feliz e, de certa forma, realizados somos nós. Nunca vamos poder levar uma lição de vida para elas, pelo contrário, nós saímos de lá com uma lição, um aprendizado imenso.. Esse tipo de experiencia todos nós devemos viver um dia, ainda mais nós adultos que vivemos cheios de problemas, eles não são nada comparado ao que aquelas crianças vivem ou já viveram, tão inocentes e extremamente feliz do jeito que são e com tudo que tem.
Dar valor as pequenas coisas é muito fácil falar, muito fácil exigir dos outros, mas é algo muito difícil de fazer na verdade. 
Amar, amar e amar, é assim que devemos viver cada momento, com amor e intensidade. Amar e respeitar nosso próximo é o que Deus nos deixou como mandamento, obedecer é o nosso dever.

A frase que mais me marcou quando estávamos conversando com uma mãe lá, era que ela tinha acabado de chegar aqui em São Paulo para internar sua filha de menos de 1 ano de idade e ela disse: "Hoje começa a luta dela". Não tem nem o que falar nessas horas, nosso coração aperta e parece que você vive aquela dor junto com ela. Mas ao mesmo tempo na sua cabeça passa todos os momentos inúteis da sua vida que você passou reclamando e não dando valor a nada...
Isso vai ficar marcado comigo pra sempre e cada dificuldade que eu passar vou me lembrar que eu tenho que viver aquele momento de cabeça erguida, firme na minha fé, porque isso é só um momento e tem pessoas passando por coisas muito piores do que eu, e mesmo assim são feliz e isso não ás derrubam.
E essa é um pouco da experiencia que vivi e queria compartilhar com vocês. 

Se você tem alguma condição de poder ajuda-los não perca tempo, demonstrar um pequeno ato de caridade e amor é a melhor coisa que você poderia estar fazendo e com toda certeza digo que será a melhor coisa que eles irão estar recebendo!

Obrigado!


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domingo, 28 de junho de 2015

Espetáculo Frozen

No mês de outubro 2014 começou os preparativos para o espetáculo Frozen. No dia 30 de setembro fomos ao estúdio para gravarmos as vozes e as músicas.

 Foi chegando o dia da apresentação e a ansiedade, como de costume, veio junto. Então, depois de 2 meses, chegou o grande dia. Apresentamos no Teatro Castro Mendes, foi muito bom o espetáculo onde representei o personagem Kristoff. Atuei e cantei.
No camarim o  coração já estava acelerado, mas para descontrair cantamos, brincamos e nos  divertimos muito.


 
Quando olho no relógio já estava na hora de me apresentar, ai e desci  para o palco. Na coxia o coração batia ainda mais forte, dava vontade de ir no banheiro e um frio na barriga. Mas isso acontece com todos os bailarinos. Sempre digo que quando eu dançar e não sentir mais isso, estarei morto, rs.




"A dança não é só movimentos mas sim a expressão de sentimentos. O ser humano se move com as batidas da canção, e os seu sentimentos, com a batida do coração".

FIM DO ESPETÁCULO! 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Congresso Internacional de Dança - RJ

  No ano de 2014, as coisas começaram a mudar, meu tio parou de implicar e eu fui alcançando meus objetivos. Estou muito feliz por que esse ano aconteceu muitas coisas boas, ganhei competições em 1° lugar com o Ballet "A Morte do Cisne" com solo e em 2°lugar com o pás de dux  com o Ballet "Copellia" no Valinhos em Dança. Onde recebi um convite para dançar no Congresso Internacional de Dança no rio de janeiro, com o Ballet a Morte do Cisne, e ai começaram as preparações e veio junto a ansiedade e o nervosismo.


Estava tão ansioso que mal dormia. O dia foi chegando e a ansiedade aumentando, quando chegou um dia antes da viajem não conseguia dormir mesmo.
No dia da viajem foi tudo maravilhoso, não via a hora de chegar mas também não queria que fosse tão rápido. Passava muitas coisas pela minha cabeça, o medo era o principal. Mas Deus já estava preparando tudo e também foram comigo duas pessoas maravilhosas minha princesa Letícia Matos e meu irmão e companheiro de todas as horas Sidney Ferreira.
Fomos para a Rodoviária de Campinas e pegamos um ônibus para o Rio de Janeiro. Foram 8 horas de viagem até o Rio que pareciam 8 dias.




Chegando no Rio tivemos que pegar outro ônibus para Campos de Goitacases, então mais 5 horas de viagem até Campos totalizando 13 horas de viagem, e depois mais um ônibus da rodoviária até o centro de Campos...
Quando Cheguei não acreditava que estava mesmo lá, depois de ouvir o sotaque carioca que falei: realmente chegamos!! kkkkkk.
Fomos assistir a competição no dia antes do meu, para conhecer o local e o palco onde eu iria me apresentar.
                                           O teatro era maravilhoso e o palco perfeito


No dia seguinte fui marcar palco umas 10h30  e na marcação meu coração já acelerou e as pernas bambearam, mas eu tinha pessoas que acreditavam em mim, e isso me deu forças para seguir em frente.


  Terminamos a marcação, fomos almoçar e depois descansar, porque a noite prometia. Deu o horário e eu queria desistir e voltar pra campinas... Então passou toda a minha vida na minha cabeça em segundos, de onde que eu sai e onde eu tinha chego e isso me deu forças.
  Lá estava eu  na coxia esperando para entra. Antes de mim dançou uma menina e a fita do cabelo dela caiu. Eu não imaginava que aquela fita iria me dar problemas, mas deu.


A fita me derrubou no final da coreografia e me impediu de pegar uma colocação melhor, mas como eu sempre digo, tudo é no tempo de Deus e Ele não quis que eu ganhasse aquele dia.

Mas eu  fiquei em 3° lugar e fui eleito o 3° melhor bailarino da competição!
Todas essas vitórias desse ano me fizeram perceber que precisamos apenas confiar em Deus e no nosso potencial. Nunca nos esquecermos de onde saímos e sempre mirarmos pra onde queremos chegar! Se está ruim pode melhorar, se já está bom pode ficar ainda melhor! #oceuéolimite



terça-feira, 12 de agosto de 2014

ON BRODWAY

No ano de 2012 no mês de julho, tive que parar de dançar por motivos financeiros, comecei a trabalhar em uma marmoraria, fiquei lá até Outubro. Depois mudei de emprego e fui para uma empresa de cartuchos de computadores, lá fiquei até Julho de 2013.
Voltei a dançar no Prodança, e voltei com tudo!
Logo que voltei reencontrei uma pessoa que não via há muito tempo, achei que nunca mais fosse encontra-la, na hora meu coração acelerou e minhas pernas bambearam, mas fingi que nada estava acontecendo e agi naturalmente, mas por dentro explodia de felicidade e nervosismo ao mesmo tempo, por quatro anos ela não saiu do meu pensamento, dentre esse tempo escrevi uma musica a ela, mesmo achando que poderia ser em vão.. 4 anos depois estava ela lá, mais linda que antes e sempre com aquele sorriso que me encantava. A dona da minha música e do meu coração.
Mesmo com tanta felicidade estava com medo de ver ela com outra pessoa e ter que esperar por mais um tempo ou mesmo nunca mais te-la em meus braços. Mas por sorte ela estava solteira, então percebi que essa era a minha hora de dizer o que sentia, que a tanto tempo sofria, esperando um amor que talvez não se realizaria. Depois de um tempo tive coragem e contei a ela sobre sua música e ela não acreditou em nada que eu disse, achou que era puro papo furado, mas insisti em convence-la da verdade, e consegui. Então eu fui um pouco mais além, disse a ela que queria algo mais sério ela olhou pra mim e sorriu, e não admitiu que queria algo a mais, mas ela se arriscou e confiou em mim.
Nossa primeira foto de casal (28/10/2013) - On Brodway 

 Em Dezembro tirei o ferrugem e voltei a me apresentar nos palcos, a sensação é sempre a mesma depois de anos, o nervosismo e a ansiedade as vezes até aumentam.
Dancei o espetáculo ON BRODWAY, no qual dançamos alguns dos principais musicais da Brodway, como O Rei Leão, Mama Mia, Cinderela e outros.
Bailarinos: Thoom Brown e Sidney Ferreira - On Brodway 


terça-feira, 5 de agosto de 2014

Um Anjo Enviado Por Deus

Em julho de 2011 começaram novamente os problemas dentro de casa, meu tio não aceitava que eu dançasse.
Ele dizia que era coisa de mulher e que eu não eu conseguiria nada na vida. Morávamos sobre o mesmo teto mas não nos falávamos. Mas mesmo assim ele ainda implicava comigo por estar dançando. Aí tive que dançar escondido, mas não durou por muito tempo e ele descobriu. Muitas vezes não tinha o que comer e vivia só com água e farinha, por não poder comer nada de casa, tive que dormir no tapete do meu cachorro com minha mochila de travesseiro por ele me trancar  pra fora de casa. E no outro dia ia fazer aula de dança com fome e sem poder tomar um banho quente. Quando conseguia entrar não podia lavar minhas roupas porque ele não deixava, só consiga comer alguma coisa quando ele saia e as vezes tinha que comer o que sobrava no lixo de casa. E muitas vezes também não tive dinheiro pra pagar o ônibus e ia a pé e chegava todo suado, mas não falava com ninguém sofria calado a única coisa que saia era o choro.Tinha vezes que eu estava andando na rua e ele passava com o carro do meu lado e nem se quer me dava carona, fingia que não me conhecia.
Um dia tomei coragem e me abri com meu irmão Sidney Ferreira que tinha acabado ganhar. Ele chegou em mim e perguntou: O que está acontecendo com você? Aí contei minha situação com vergonha pesando que iria ser zoado por ele mas ele começou a me ajudar, me dava dinheiro pra comer e até comprar  perfume e sabão para lavar minhas roupas. Isso foi até o resto do ano.
Ele sempre está perto nos momentos da minha vida, para rir, para chorar... sempre que tem brigas ou acontece qualquer coisa lá estamos nós envolvidos juntos, em qualquer hora, lugar ou situação.
Sempre que precisava ele sempre estava por perto, eu serei eternamente grato pelo que ele fez por mim e pelo que faz até hoje, jamais vou esquece-lo. Porque sempre estaremos juntos ensaiando para os espetáculos, e juntos nos palcos da vida onde não nos permitem ensaiar e errar. Essa amizade vou levar pro resto da minha vida, ele é mais que um amigo ele é um irmão

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Prodança A Nova Esperança

Quando entre no Prodança Ballet eu já estava desmotivado, não dançava mais por prazer, dançava por dançar. Então a Walkiria Coelho me trouxe a esperança de volta.
Entrei em época de festival, aí a Walkiria me pediu para coreografar e dançar com o Sidney, a Tayla e a Carol um Ballet Contemporâneo. E ali começou minha carreira de coreógrafo. Comecei a dançar hip hop também, e em 2009 ganhei minha primeira competição no Meeting Hip Hop de Indaiatuba-SP.

Aí comecei a participar de várias outras coreografia como o Pás de deux Pássaro Azul com a Bailarina Tayla Patielle, o ballet O Corsário e a coreografia Fusão na Pista, uma mistura de Jazz com Hip Hop, a qual ganhou nas competições de Valinhos e Campinas em Dança. E em 2011 dancei o ballet Dom Quixote e nesse mesmo ano o grupo de Jazz que eu dançava ganhou novamente no Valinhos e Campinas em Dança.

No mesmo ano dancei com um grupo de hip hop no Meeting Hip Hop Campinas-SP, e também ganhamos. Foi nesse momento que me apaixonei pelo hip hop e passei a estudar esse estilo e logo depois me tornei professor, e então minha esperança voltou ainda maior, e vi que ali não só recebi uma grande oportunidade mas também uma grande família.

Graças a Deus, nesse momento tão difícil da minha vida, Ele me enviou pessoas especiais, que me acolheram, me ajudaram e me deram forças pra continuar seguindo com esse meu sonho. Eles foram, e ainda são, meus verdadeiros amigos, minha verdadeira família e também me tornaram parte de suas famílias.
Tenho muito a agradecer a Deus, a Walkiria que me acolheu em sua casa e aos meus verdadeiros irmãos, Sidney Ferreira, Tayla Patielle e Liliane Melo. Obrigado por me mostrar o que uma verdadeira família faz!

A GRANDE FAMÍLIA PRODANÇA 

sábado, 2 de agosto de 2014

As Primeiras Barreiras

Depois disso dancei mais coisas como Cotidianos Sonhos, Delírio e Martírios Circense pela Abamba.
Em 2005, fui contratado pela academia Iris Ativa para dançar o Ballet "O Quebra Nozes" e foi uma experiência fantástica, foi a primeira contratação. Em 2006 dancei o ballet "A filha de Faraó, e em 2007 dancei o ballet Paquita.
Em 2007 começaram as dificuldades maiores, comecei a sofrer preconceitos por pessoas de fora, ricas e até por  pessoas da minha própria família, e eles diziam coisas do tipo "homem não dança", "dança é coisa de mulher e de gente rica", "pessoas pobres não podem dançar porque ia contaminar os ricos com vírus e doenças", eles diziam que ser pobre é uma doença e por isso contaminaria os ricos...
Minha avó, sempre guerreira, percebeu que a dança era tudo que eu queria, e me mandava escondido pro ballet, e um outro parente meu me colocou em uma escolinha de futebol e por isso teve dias que eu ia pro futebol e faltava na Abamba, na qual não poderia haver faltas sem justificativas, então eu mentia dizendo que estava doente, que o ônibus quebrava ou que ficava de castigo na escola por causa dos outros.



Pra ir pra Abamba eu pegava 3 ônibus todos os dias da minha casa até o centro de Campinas, do centro até o terminal de Barão e do terminal até o bairro onde se encontrava a Abamba, que se localizava no bairro Real Parque.
Por não aguentar fazer tudo isso, saí da Abamba e parei de jogar futebol porque não era o que eu queria. Lembra quando disse que  no começo todos me apoiavam?...

Como todo homem tive que parar de dançar pra trabalhar, foi aí que comecei a trabalhar em mercado e não demorava muito já saia do emprego. Entrei em outro serviço, fui ser ajudante de mecânico e novamente saí e trabalhei em vários outros lugares.
No começo de 2008 fui trabalhar em uma empresa de mármore, na função de modelador fiquei de Janeiro a Julho. No final  Julho um clube me chamou para jogar futebol ai sai da marmoraria e fui jogar futebol, em Dezembro, dia 17, tive a pior notícia da minha vida, minha Avó faleceu. Foi o fim pra mim, minha vida parou o mundo desabou em cima de mim e larguei tudo!
Mas ai eu conheci um anjo que se chama Walkiria Coelho no qual é dona e diretora de um projeto que se chama Prodança, e ela me acolheu de tal forma, com se eu fosse filho dela.